Socialmente foram sendo construídos os papeis de cada um na sociedade, a forma como nos organizamos em família é uma herança que vamos passando ao longo das gerações, sem sequer questionarmos muito.

Felizmente, vejo nos dias de hoje, cada vez uma maior consciência e vontade de evoluir sobre o que é isto de ser pai, que papel decido ter.

Seria redutor definir algo fixo, ou estabelecer algum padrão, acredito que o papel de pai/ mãe, tem muito a haver com a entrega de cada um, com a forma como sabemos expressar o amor, com a maturidade e a disponibilidade para lidarmos com os nossos próprios desafios.

Se o papel de um pai é diferente do de mãe? Para mim, o papel é igual, o olhar que cada um tem sobre as situações é que é necessariamente diferente, a forma como gerimos e reagimos às situações é que muda. Nenhuma delas é 100% certa ou errada, são sim complementares.

Parentalidade é essa cooperação constante para um bem maior, a vida de um filho, é alinhar valores, é ter por certo qual a missão da família para que, unidos se permita que a criança ganhe a sua própria identidade.

A realidade é que nem sempre estamos certos do nosso papel, por tantos que temos de desempenhar, por vezes sentimo-nos perdidos e assoberbados com tantas solicitações, acabando por ceder a pressões externas ou nossas. Porque não parar 10 minutos para refletir que papel quero ter na minha parentalidade, o que eu quero transmitir quando faço o que faço, ou quando digo o que digo? Que objetivos tenho para esta família, desejos e sonhos?

Eu vejo a parentalidade como um todo em prol de uma criança, também ela única e especial, sem hierarquias, nem postos, sem rótulos ou definições que nos restrinjam, apenas um sistema que pretende o bem maior de todos, a felicidade. Que possamos todos educar para a Paz.

Pai ou mãe, qualquer um pode ter esse papel, basta amar com todas as nossas forças e querer ser sempre melhor.