Mais um mês, mais duas forças de carácter a desenvolver! Juntei estas duas propositadamente por ver que cada vez surgem mais no top de assinatura dos jovens que acompanho. É engraçado ver como cada geração representa um conjunto de valores e de forças que servem um propósito maior na sociedade e que ao mesmo tempo ensinam tanto às gerações anteriores.
A Justiça é algo para eles tão inato que é quase impossível de dissociar, claro que faz parte da própria fase, tudo ser preto ou branco, mas vai para além disso, é um sentido que aplicam não só a eles mas aos outros e aos seus contextos, o que será que o mundo está a precisar que eles nos vem trazer com tanta expressão?
Como força de carácter a Justiça diz respeito à forma como interagimos e tratamos os outros, à capacidade de isenção de julgamento e apenas aferição dos factos. Ao principio de darmos iguais oportunidades para todos, de um mundo justo e igualitário, percebendo que o melhor para cada um não é necessariamente o mesmo, ou seja a justiça passa também por percebermos as diferenças de forma a sermos justos com todos.
Esta força caracteriza-se por ser uma capacidade de julgamento cognitivo, que implica dois tipos de raciocínio: por um lado valoriza-se a lógica, a isenção, a capacidade para determinar os direitos e responsabilidades morais, por outro a justiça necessariamente engloba o raciocínio da empatia e da compaixão, o facto de estarmos atentos às diferenças, às necessidades de cada um e para isso sermos justos, não é necessariamente termos respostas iguais e sim termos o cuidado por cada um individualmente.
Por sua vez a apreciação da beleza e da excelência insere-se na virtude da transcendência e é entendida como a capacidade de notar e apreciar em qualquer contexto, desde a natureza, à arte, à ciência às pessoas. É o estar desperto e disponível para ter esse olhar de ver o belo, de ver para além do que está na superfície, de sentir admiração por algo. É também o querer ser melhor no sentido de querer contribuir para essa excelência de sermos capazes de proporcionar essa apreciação. E lá está, não é só através da preservação da natureza, ou criação de obras de arte, pode ser pelas ações que fazemos, por alguma habilidade que exploramos ou por e simplesmente pela autenticidade com que vivemos.
Mas o que muitos pais me dizem, é que o desafio não está no conceito em si da força de carácter e sim na forma de a concretizar e de explorar o seu potencial, acredito que aí por casa também já ouviram o vosso filho dizer “Isso não é justo”, então se tem mais do que um filho, talvez até oiçam bastante. E é mesmo através desse exemplo que os podemos ensinar, não é possível sermos justos se agimos de igual forma com filhos que necessariamente são diferentes, é importante adaptar a forma como falamos, o que fazemos e até as consequências que podem surgir. No caso da justiça o mais importante é dar-lhes a capacidade de se atentarem aos factos, de olharem para o comportamento e não para a pessoa, ajudá-los a gerarem empatia e ajudá-los a identificarem necessidades diferentes. Será que nós pais fazemos isso?
Em relação à apreciação da beleza e da excelência a maior dificuldade que os pais me dizem é a falta de tempo, dizem que não conseguem sair para ir passear a um parque, à praia, que é impossível ir a museus, mas não é só disso que se cultiva esta força. Pode estar em pequenos gestos que podem acontecer durante a rotina do dia a dia. Será que damos conta do que vemos no caminho até à escola? Podemos chamá-los a atenção para a árvore agora em flor, para a cor de algumas folhas, para a forma que lembra uma nuvem, para as pessoas nos outros carros, a música que estão a ouvir, para os pensamentos que nos ocorrem, e tudo isto só no caminho da manhã! Então a questão passa mais por sabermos se nós pais estamos disponíveis para também apreciarmos.
Juntando as duas, acredito que se fortalecem, porque se para a justiça eu preciso de estar presente, de ter um olhar para os factos de desenvolver a empatia e aceitar a singularidade então eu estou a apreciar a beleza e a excelência de cada um, de cada momento.
As Forças Criatividade e Bravura
Juntar entusiasmo e trabalho em equipa!
As Forças Prudência e Amor pela Aprendizagem
As forças Bondade e Perspetiva
As Forças Humildade e Persistência
As Forças Esperança e Pensamento Crítico
As forças Perdão e Humor
Curiosidade e Autocontrolo
Amor e Liderança, conjungam?
O que precisamos para o Novo Ano
ACOLHIMENTO
O QUE É ISTO DE SER PAI?
Estou ansiosa pelo vosso CONTACTO para podermos sonhar juntos!
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