Há algo nas forças de caráter que me continua a entusiasmar sempre que exploro um pouco mais. Penso que seja a universalidade do conceito e a sua inesgotável fonte de recursos, a adaptabilidade a cada ser e circunstância é algo que vai de encontro ao que acredito, na potencialidade de cada um à sua maneira.
Para termos este olhar de genuína valorização pelo outro é necessário primeiro de tudo exercitarmos a Humildade, esta força de caráter insere-se na Virtude da Temperança. Implica sermos capazes de reconhecer e avaliar com precisão as nossas competências, manifesta-se na capacidade de reconhecer as próprias limitações e fraquezas, bem como na valorização dos outros sem necessidade de exaltação ou sem necessidade da procura constante de aprovação ou de reconhecimento dos outros, é agir com uma autoconfiança tranquila, ciente de que há sempre algo a aprender com os outros. Quando nos vemos por este prisma verdadeiro, também conseguimos ter esse olhar para com os outros, sem comparações ou suposições. Por norma temos mais facilidade em identificar o contrário da humildade, quando alguém se gaba muito do que faz, tem ou é, quem procura chamar as atenções sobre si mesmo, quem se acha mais especial do que os outros. O que leva ao outro extremo, tanto queremos fugir do “gabarolas” que educamos para a subserviência e dificuldade em ver-se como é, em aceitar elogios e até ficar incomodado com um comentário positivo sobre si. Ou seja, ser humilde também não é ter baixa autoestima, muito pelo contrário. A verdadeira humildade implica ter uma noção real de si mesmo, ter um bom senso do que se é, isso implica também estar ciente das limitações e falhas. As pessoas humildes sentem-se bem com quem são, sem precisarem de ser o centro das atenções ou de serem constantemente elogiadas.
Quando sabemos as nossas capacidades e limites, ganhamos consciência de até onde podemos ir, o que precisamos de desenvolver ou pedir ajuda, é um acreditar real e isso ajuda-nos a ser persistentes. Esta força insere-se na virtude Coragem. Acredito que já todos nós tivemos situações em que precisamos utilizar da nossa coragem para persistir, sabemos que não é fácil, há momentos em que apetece desistir de tudo, por isso esta força é tão determinante para alcançarmos as nossas metas e sentirmos o prazer da realização, o sentimento de conquista, de que se foi capaz de terminar o que se começou, apesar das barreiras ou obstáculos que possam ter surgido. A persistência ajuda-nos quando surgem pensamentos negativos de derrota, ou quando nos dizem que é impossível, é um acreditar que é possível. Perseverar é muito mais do que só continuar, é encontrar estratégias que nos vão ajudar a manter no caminho, talvez passe por uma organização metódica, ou por pedir ajuda, ou até descobrir outros caminhos, envolve a continuação voluntária de uma ação direcionada a uma meta, apesar da presença de desafios, dificuldades e desânimo. Para que exista a persistência é necessário o esforço para uma tarefa e duração para mantê-la.
Nos nossos filhos vemos a humildade quando são capazes de emprestar os brinquedos sem medo, quando elogiam os amigos por ganharem num jogo, quando sabem identificar o que conseguem e o que ainda tem de se esforçar, quando aceitam ajuda sem vergonha. Podemos identificar a persistência quando os nossos filhos montam um puzzle sem desistir, ou quando praticam um desporto ou instrumento musical e praticam até conseguirem ter os resultados que desejam. É nestas práticas do dia a dia que os podemos ajudar a desenvolver estas forças, pelo nosso exemplo, pelo reforço positivo e real, estando ao lado deles para os apoiar quando lhes parece impossível, devolver-lhes este olhar realista das suas capacidades, contando exemplos onde nós próprios utilizamos estas forças, nomeando para que conheçam e sejam capazes de identificar.
Estas duas forças juntas complementam-se de forma poderosa, estão na base da mentalidade de crescimento, fundamental para o seu crescimento e sucesso hoje e no futuro, onde o foco está no esforço e na aprendizagem contínua, mais do que nos resultados imediatos. Pois se por um lado a humildade os ajuda a reconhecerem-se a persistência dá-lhes a capacidade de continuar e desenvolverem-se para além do que são hoje. É este equilíbrio que irá desenvolver a resiliência que a vida nos exige.
As Forças Prudência e Amor pela Aprendizagem
As forças Bondade e Perspetiva
As Forças Esperança e Pensamento Crítico
As forças Perdão e Humor
As Forças Criatividade e Bravura
Justiça e Apreciação da Beleza e da Excelência!
Curiosidade e Autocontrolo
Juntar entusiasmo e trabalho em equipa!
Amor e Liderança, conjungam?
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