Vivemos numa era sem tempo, em que andamos sempre a correr e mesmo assim não chega para fazer tudo o que desejaríamos, sentimos que fica sempre alguma coisa para trás, o que provoca frustração, culpa ou até um sentimento de impotência e desalento, como se algo maior tivesse poder sobre a nossa vida.
Costumo dizer que nós não controlamos nada na vida, apenas e só, está nas nossas mãos escolher como queremos que uma determinada situação nos afete. Mas em relação ao tempo, e apesar de não controlarmos as exigências que nos são colocadas, os imprevistos, as obrigações, depende de nós o que decidimos priorizar. Sendo o tempo igual para todos, o que decidimos fazer e como, é uma tomada de consciência que nos obriga a tomar decisões e isso nem sempre é fácil, porque implica por um lado escolher, mas também desistir, abrir mão, aceitar que não podemos ter tudo ao mesmo tempo, ou que não somos capazes de fazer tudo, ou estar ao mesmo tempo em momentos diferentes. Por vezes o que custa mais na decisão não é dizer o que queremos e sim abdicar de algo.
Infelizmente este “acordar” para o que realmente importa, acontece, muitas das vezes, depois de uma experiência negativa, ou um susto que coloca em causa o nosso sentido de vida, faz-nos questionar e perceber novas perspetivas. Uma amiga comentou comigo que lhe detetaram um nódulo e mesmo ainda com a incerteza do que poderia ser, ela mudou os seus hábitos. Se antes nunca tinha tempo para nada, era casa-trabalho, trabalho-casa, e dedicava-se 300% aos outros, agora decidiu colocar-se como uma prioridade, no seu dia a dia, passou a ter tempo para fazer pilates, estar com amigas, preparar refeições saudáveis, coisas que antes lhe pareciam impossíveis. Não deixou de andar a correr para conseguir tudo isto, mas agora fazia algo que lhe dava prazer e saúde. Quantas histórias destas conhecemos? E quantas vão tarde de mais?
Muitas das vezes no meio da nossa correria esquecemo-nos que a vida deve ser prazerosa, com todos os seus desafios e percalços, mas é importante estarmos despertos para esse sentir e optar por aquilo que nos faz bem. Como podemos ensinar aos nossos filhos o que é autoestima, autocuidado, limites ou poder de escolha, se nem nós o conseguimos fazer? Se não damos o exemplo? Assistimos a crianças com agendas mais preenchidas do que a dos pais, sem tempo para apenas estar, numa correria constante entre escola, atividades, festas e afins, o pouco tempo livre de que dispõe é passado atrás de um ecrã alienados da realidade. É preciso parar, permitir que haja esse tempo para olhar para dentro de nós, para nos conhecermos, a nós próprios e aos outros. Tenho pais a dizerem-me que uma das novas ações que vão realizar é colocar na agenda uma vez por mês ao fim de semana um momento em família todos juntos. Pergunto-me se estaremos com as nossas prioridades alinhadas? É possível nesta sociedade em que vivemos optar pelo que queremos fazer com o nosso tempo, ele realmente não estica mas molda-se ao que decidimos fazer com ele.
Não é uma questão de culpa ou sentido de urgência, é decidir e aceitar. Decidir o que queremos colocar em primeiro lugar, o que realmente importa, como o vamos vivenciar e aceitar que as nossas escolhas foram as melhores para aquele momento com a informação de que disponhamos. É sermos nós a moldar o tempo ao que desejamos em vez de serem os outros a o ocuparem por nós.
O que existe dentro de nós?
Será fácil adaptarmo-nos?
O que é ser criança?
Podemos parar?
Será que faz sentido?
Como se expressa a empatia?
Onde mora a ansiedade?
Alienação de quê?
Começar por mim
As Forças Espiritualidade e Inteligência Social
As Forças Prudência e Amor pela Aprendizagem
As forças Bondade e Perspetiva
As Forças Humildade e Persistência
As Forças Esperança e Pensamento Crítico
As forças Perdão e Humor
As Forças Criatividade e Bravura
Justiça e Apreciação da Beleza e da Excelência!
Curiosidade e Autocontrolo
Juntar entusiasmo e trabalho em equipa!
Amor e Liderança, conjungam?
O que precisamos para o Novo Ano
ACOLHIMENTO
Estou à vossa espera para podermos Sonhar Juntos!
"O mais importante é que os pais, professores, educadores e cuidadores em geral se sintam capacitados e capazes de lidar com os desafios do dia a dia."
+351 919 757 060 // +351 915 468 766
sonhos@inessottomayor.pt