Desejos para 2020

É chegada aquela altura, em que quase de forma obrigatória fazemos um balanço do ano que passou e imaginamos o que gostaríamos para o próximo.

Acredito que essa auto análise devia ser feita de tempos a tempos de forma consciente, e não só porque iniciamos um novo ano, pois é fundamental para percebermos se estamos no caminho certo, avaliarmos as nossas acções, perceber onde erramos e o que podemos melhorar, e essa introspeção pode ser ensinada desde a infância, nos pequenos, grandes momentos que a vida nos vai proporcionando.

Tanto nas pequenas coisas do dia-a-dia, como nos grandes desafios, podemos ajudar os nossos filhos a verem os erros como formas de aprender, em vez de gerar sentimentos de culpa. Podemos ensiná-los a terem objectivos e definirem etapas para sentirem o prazer da responsabilidade do sucesso e aprenderem a gerir a frustração. Podemos principalmente ajudá-los a crescer com significado e sentido.

Para que este caminho aconteça é necessário antes de mais traçar de forma clara e realista esses desejos que imaginamos e deixarem de ser meros pensamentos enquanto comemos as 12 passas, mas sim vontades reais de sermos mais e melhor!

Um dos meus grandes objectivos para este ano é tornar o método KidCoaching®, uma prática comum em pelo menos 10 escolas do nosso país. E o seu qual é?

Desejo-vos um 2020 repleto de desafios, porque estamos sempre a crescer e a aprender! Feliz Ano Novo!!

Quais os valores da vossa família?

Todos os anos, a época do Natal é marcada pela a azáfama na compra de prendas, preparar lembranças, deixar mensagens de boas festas, enfim a correria a que já nos acostumamos!

Mas será que fazemos tudo isto por obrigação ou por prazer? Que mensagem estamos a passar aos nosso filhos?

E nós Pais, já paramos para pensar no real valor que damos ao Natal? O que está por detrás da tradição? Ou é mais uma coisa que fazemos de forma mecânica e desprovida de sentido?

Esta época faz-me pensar na base, nas fundações da minha família. Será que os meus comportamentos estão de acordo com esses pilares, será que tenho sido fiel a esses princípios?

E igualmente tão importante: será que os expresso diariamente com os meus filhos?

Muitas das vezes, nas minhas sessões com os pais, sinto necessidade de explorar com eles quais são os seus valores enquanto família porque, só ao termos consciência do que realmente é importante e estruturante é que somos capazes de o transmitir da forma mais correcta e clara. Só assim conseguimos perceber comportamentos e acções em nós e nos outros e essa é, muitas das vezes, a chave para estabelecermos uma comunicação de sucesso e, acima de tudo, para vivermos alinhados com os nossos valores!

Já alguma vez se questionou quais são os valores da sua família? Gostava que deixasse aqui nos comentários quais os 4 principais valores da vossa família!

A essência do Natal deve sempre ser relembrada!

Porquê o Coaching nas Escolas?

E porque não? Quais são afinal as necessidades que enfrentam actualmente professores e alunos?

Será importante nos dias de hoje desenvolver autonomia, responsabilidade, empatia, foco e equilíbrio emocional? Se sim, se todos concordam, porque não? Porque não levar o Coaching para as escolas?

As ferramentas aprendidas podem dar aos educadores e professores a capacidade de lidarem com situações de stress, de saberem gerir situações de conflito, de conseguirem ajudar a priorizar objectivos e até mesmo a estabelecê-los, coisa que tanto falta!

Os educadores e professores têm de regular as suas emoções e ajudar a regular as dos seus alunos. Para além disso, precisam de entender melhor o perfil de aprendizagem de cada aluno, de forma a adoptarem as suas estratégias.

O que é que têm a perder? Tempo, dedicação, trabalho, sim! Mas não é já esse o dia-a-dia deles? E quais são os resultados? Então, que tal experimentarem formas diferentes para obter resultados diferentes?

Dedicar tempo e trabalho às crianças e jovens com que interagem diariamente é um modo de vida. Porque não fazê-lo de uma forma mais efectiva e produtiva?

E nos alunos? Qual o impacto nas nossas crianças e jovens?

O Coaching ajuda a identificar as habilidades e competências de cada um, as suas virtudes e riscos. A partir do momento em que nos conhecemos, permitimo-nos desenvolver essas qualidades e saber lidar com as nossas fragilidades.

O Coaching permite identificar a melhor forma de aprendizagem consoante o perfil comportamental de cada um. Com base nessa identificação, é possível direccionar metodologias de estudo eficazes para cada perfil. Ensina também a priorizar e planear as várias tarefas, a gerir o dia-a-dia e a antever situações que podem gerar ansiedade. Traz autonomia, confiança e auto responsabilidade.

Isto é o Coaching nas escolas. Então, porque não?

 

Comunicação Eficaz na Família

A comunicação faz parte da nossa vida, do nosso dia a dia, e nem nos damos conta da importância que ela tem e do difícil que pode ser ou o quanto nos pode ajudar.

Começamos a comunicar ainda enquanto estamos na barriga da mãe. A comunicação não verbal é tão intuitiva que um bebé percebe só pela expressão corporal e facial da mãe o seu estado emocional.

É na família que aprendemos a expressar as nossas necessidades, os nossos sentimentos. É através da comunicação que socializamos ,que aprendemos e ensinamos.

É também pela comunicação que surgem os maiores mal-entendidos, problemas e discussões. Então se é assim uma ferramenta tão poderosa porque não aprendermos a usá-la da melhor forma? Porque não olhar para ela como um instrumento em que primeiro temos de ler o manual de instruções?

Eu acredito que se a comunicação tivesse um manual de instruções, seria:

O 1º ponto importante é saber o Porquê? Nós comunicamos com um propósito, mas ter a consciência do objectivo do que queremos comunicar é meio caminho para que a mensagem chegue como pretendido. Ter a noção exata do que se quer transmitir torna o discurso claro e direto.

O 2º ponto é que esse objectivo, também ele tem de ser transmitido, o outro não advinha por meias palavras, ou não adivinha os nossos pensamentos! O que é óbvio para nós, não é óbvio para o outro, é importante explicar aos nossos filhos porque estamos a dizer algo, ou a pedir alguma coisa.

Quando fica claro para todos o que pretendemos com o que estamos a transmitir, o que se quer atingir e quando o objectivo é dito de forma explícita, evitam-se muitos mal-entendidos e deixa todos alinhados para um propósito pré-determinado.

O 3º ponto é percebermos que necessidade, ou necessidades eu preciso atender com o que estou a comunicar, ou seja: mais do que arranjar culpados ou desculpas, o que é que eu preciso!

Se nos focarmos nos ganhos que eu posso ter em me expressar corretamente, se eu perceber a necessidade que está por detrás do meu sentimento e do meu pensamento eu vou ser capaz de pedir para colmatar essa necessidade logo vai gerar um sentimento diferente e consequentemente gerar um pensamento positivo!

O último e 4ºponto, é sem dúvida, onde se encontra o equilíbrio – e o outro? Nós quando comunicamos fazemo-lo sempre para alguém, a comunicação por si só pressupõe que exista um emissor e um receptor. Por isso, tão importante como perceber as nossas necessidades, é tentar entender o que é que essa pessoa precisa? Quais são as suas necessidades que não estão a ser atendidas? Como eu posso ajudá-la através de uma comunicação assertiva!

E é com base nesta empatia, e expressão sincera do que sentimos, do que necessitamos que se gera uma comunicação eficaz, afectiva e efectiva!