Esta altura do ano costuma trazer consigo uma maior instabilidade na dinâmica das relações em casa, por vários motivos. Por um lado, temos o cansaço próprio do final de um ano letivo que traz consigo menos disposição e mais reatividade de ambas as partes. Pelo outro há uma alteração das rotinas e regras para os filhos, mas as dos pais mantêm-se, o que cria um desequilíbrio de necessidades. Para além de também, muitas das vezes implicar uma impossibilidade de controle da parte dos pais e exigência de responsabilidade. A juntar a tudo isto há uma necessidade própria do desenvolvimento das crianças e jovens de explorar diferentes situações, de extravasar agora que tem mais tempo livre, de quebrar com o estabelecido, de testarem os limites. Juntando tudo percebe-se que não é fácil encontrar o equilíbrio e saber o que é certo ou errado.
É então muito comum os pais perguntarem-me o que podem ou não podem deixar os filhos fazer, seja por exemplo em relação ao tempo de ecrã, seja das tarefas da escola, às atividades extra, às saídas com os amigos e tantas outras situações.
O nosso medo de errar como pais é tão grande que colocamos tudo em causa, até o nosso discernimento e capacidade de decisão, é verdade que o contexto atual é muito diferente e nem sempre nos sentimos preparados para o enfrentar, mas uma coisa é certa, cada pai ou mãe decide sempre o que é melhor para os seus filhos, mesmo que isso implique errar. O problema surge quando deixamos as nossas inseguranças serem mais fortes. Porque essa insegurança vai-se espelhar nas nossas atitudes, seja pela postura, tom de voz, por vacilarmos na resposta, ou até sermos incongruentes, e eles denotam esse sentimento.
Por vezes é importante parar e refletir o que de facto lhes queremos passar, quais os valores, as atitudes, os princípios, mais do que só comportamentos específicos ou regras aleatórias, qual o nosso objetivo naquele momento para aquela situação. O que lhes queremos ensinar com aquela decisão, o que gostaríamos que fosse desenvolvido e não só um penso rápido que resolve na altura, mas não vai perdurar.
A parentalidade é isso mesmo, um equilíbrio instável que procuramos todos os dias em cada gesto, cada atitude e decisão. Claro que por isso mesmo não é fácil, todos nós gostamos de saber com o que contamos, dá-nos a previsibilidade e isso traz consigo a segurança. Então talvez o ponto seja, confiarmos mais na nossa própria capacidade enquanto pais de decidir o melhor, mesmo que os nossos filhos não o vejam dessa forma, até porque, quanto mais eles reclamam, é provavelmente quando mais nós acertamos. Porque ser pai e mãe não é ser amigo dos filhos, também, mas é muito mais do que isso, é orientar, é tomar decisões que eles ainda não estão preparados, é dar-lhes segurança, uma base onde se possam sustentar, é permitir que experimentem, se desafiem, é esperar sempre o melhor e acreditar nas suas capacidades, é tanta coisa que acabamos por complicar o que é simples, ás vezes é apenas estarmos ao lado deles para que se sintam seguros e poderem seguir os seus caminhos, é sermos o exemplo para que possam aprender e fazer à maneira deles.
Para que tudo isso aconteça eles precisam de pais seguros de si, das suas decisões, que eles saibam que podem contar mesmo que não corra da melhor maneira, pais que confiam neles próprios porque só assim vão dar o exemplo do que é confiar e acreditar.
As forças Bondade e Perspetiva
As Forças Humildade e Persistência
As Forças Esperança e Pensamento Crítico
As forças Perdão e Humor
As Forças Criatividade e Bravura
Justiça e Apreciação da Beleza e da Excelência!
Curiosidade e Autocontrolo
Juntar entusiasmo e trabalho em equipa!
Amor e Liderança, conjungam?
O que precisamos para o Novo Ano
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SOMOS SERES SOCIAIS
Como gerir os ecrãs?
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