Às vezes penso se realmente paro para me colocar no lugar dos meus filhos, no sentido de realmente os ver como eles são. Parece que nos esquecemos de como foi ser criança e já só temos este olhar de adulto. Claro que trazemos connosco as nossas memórias, boas ou más, que nos marcaram e se refletem em tudo o que fazemos, no fundo são a nossa base de conhecimento para a nossa parentalidade. Mas peço-vos que pensem para além disso, aquilo que éramos, os nossos pensamentos, da maneira como víamos o mundo, das mil e uma questões que surgiam todos os dias, da curiosidade que nos levava a fazer asneiras, da ingenuidade e simplicidade que colocávamos em tudo.
Será assim tão difícil lembrar como era ser criança? Não só da capacidade de brincar, sem receios e preconceitos, é mais do que isso, falo da leveza que o ser criança pressupõe. É algo que parece que vamos deixando para trás à medida que crescemos, um dia acordamos e já não a temos! Vamos abrindo mão de algo tão precioso, mesmo sem saber, nem damos conta, e faz-nos tanta falta para encarar a vida. E talvez até nem faça sentido ter, agora que somos adultos, mas pelo menos conseguir olhar para os nossos filhos e aceitar como algo tão bom e genuíno que não precisa de desaparecer de repente, ou até em nenhuma altura.
Olhar para eles e ver a sua essência e não o que gostaríamos que fossem ou que idealizamos como sendo o melhor, aceitar também o que eles têm para nos oferecer em vez de impor a nossa maneira. Parece fácil dito assim, mas na maior parte das vezes é um caminho doloroso em que parece que estamos a medir forças, a lutar pelo poder em vez de uma parceria em que crescemos todos. Quando no fundo tudo o que queremos, pequenos e grandes, é sermos vistos, reconhecidos como alguém com identidade própria, única e por isso mesmo, especial e respeitado.
Acredito que nos cabe a nós enquanto pais esta capacidade de nos distanciarmos do que é nosso, das nossas expectativas, frustrações, desejos quer enquanto filhos, pais, pessoas e cuidar, cuidar porque afinal de contas cada um de nós será sempre um projeto em construção que podemos criar como queremos. Em vez de projetar todo esse peso nos nossos filhos a acreditar que eles são o nosso projeto de vida. Cada um é o seu próprio projeto e no meio do nosso, os nossos filhos estão lá, mas nunca serão O Projeto da nossa vida, porque isso é retirar-lhes a identidade, a possibilidade de escreverem eles próprios o seu percurso de criarem a sua própria história.
Tão difícil esta tarefa de ser pai e mãe, só queremos entregar o nosso melhor e tantas vezes temos a sensação que não chega, que não estamos a acertar que nada funciona. Talvez se por um instante consigamos parar, olhar para os nossos filhos e identificar o que os torna únicos, que ainda tem muitas folhas em branco e que não seremos nós a escrever, a controlar, a ver a sua essência e aceitar que não é nossa, talvez nessa altura se torne um pouco mais fácil!
As Forças Esperança e Pensamento Crítico
As forças Bondade e Perspetiva
As Forças Humildade e Persistência
As forças Perdão e Humor
As Forças Criatividade e Bravura
Justiça e Apreciação da Beleza e da Excelência!
Curiosidade e Autocontrolo
Juntar entusiasmo e trabalho em equipa!
Amor e Liderança, conjungam?
O que precisamos para o Novo Ano
ACOLHIMENTO
APRENDER COM OS NOSSOS FILHOS
AUTOCRÍTICA, POSITIVO OU NEGATIVO?
Estou ansiosa pelo vosso CONTACTO para podermos sonhar juntos!
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