3 de Fevereiro, 2022

COMUNICAR É FÁCIL! SERÁ?

Todos comunicamos diariamente com dezenas de pessoas e a vários níveis, mas será que nos sentimos realmente ouvidos e compreendidos?

A comunicação depende de um emissor, da transmissão de uma mensagem e de um recetor.

Já reparou como é que passa a sua mensagem? Se nunca se deu conta, convido a fazer o exercício de nos próximos dias, estar atento à maneira como passa a sua mensagem, perceber a forma como dizemos as coisas, a nossa expressão corporal e facial, à reação do outro e de que maneira isso volta para nós, e até atento à maneira como os outros comunicam connosco e que efeitos isso tem em mim.

Vou dar um exemplo muito comum que geralmente acontece com os nossos filhos, a questão da arrumação do quarto, e das várias maneiras como a comunicação pode ser feita:

Pode ser dita na negativa ou positiva?

Não quero ver o teu quarto todo desarrumado – Negativo

Preciso que arrumes o teu quarto – Positivo

Pode ser generalista ou assertiva e factual?

É sempre a mesma coisa, tu nunca arrumas o teu quarto! – Generalista

O teu quarto, hoje está desarrumado, preciso que o arrumes antes de saíres de casa. – Assertiva e factual

Pode ser focada na culpa e na justificação ou focada na solução?

Porque é que o teu quarto nunca está arrumado?! – Culpa

Preciso que o teu quarto esteja arrumado, qual a altura do dia em que o vais fazer? – Solução

Pode desconsiderar ou valorizar?

Tu és sempre a mesma coisa! Não és capaz de ter o teu quarto arrumado. – Desconsiderar

Acredito que se te organizares, és capaz de ter o teu quarto arrumado. Como é que vais fazer para te lembrares? – Valorizar


Tenho a certeza que alguma das frases ressoou e pensou “Ai! Eu digo isto!” ou “Eu ouvia isto dos meus pais.”.

Afinal de contas comunicar, não é assim tão fácil. Pela simples razão que ninguém nos ensinou, nós fomos aprendendo com a maneira como comunicavam connosco, e a verdade é que culturalmente, o negativo, a generalização, a culpa, a desconsideração sempre estiveram presentes na nossa educação.

Mas a forma como comunicamos com os nossos filhos, ou com quer que esteja à nossa volta, influência as nossas relações e o nosso próprio bem-estar.

E sim, pode ser treinada, como qualquer outra habilidade, como uma língua nova que queiramos aprender. A forma de tudo o que dizemos e não dizemos impacta as nossas relações e tanto pode desgastá-las como fortalecê-las.

Por isso para iniciarmos essa viagem na descoberta de uma comunicação positiva, assertiva, focada na solução e na valorização deixo ficar um primeiro exercício de tomada de consciência, podem fazê-lo diariamente em qualquer altura do dia:

– O que eu disse
– A quem
– Qual a reação/ impacto
– O que eu queria realmente dizer
– Como posso fazê-lo

Se depois quiser partilhar comigo, terei todo o gosto em acompanhar.

Por relações mais saudáveis, mais fortes e de crescimento, vale a pena aprender a comunicar connosco próprios e com os outros.

Bem haja!

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