Estou ansiosa pelo vosso CONTACTO para podermos sonhar juntos!

"O mais importante é que os pais, professores, educadores e cuidadores em geral se sintam capacitados e capazes de lidar com os desafios do dia a dia."

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    Já se ouviu a dizer coisas como: “Não tenho tempo para nada”, “Ando sempre a correr”, “Quem me dera que o dia esticasse” ou até “Só quero que chegue à noite para me deitar novamente”.  Infelizmente a maior parte de nós anda num ritmo acelerado entre trabalho, casa, família, amigos e claro nós próprios. Pior ainda, é que apesar de dedicarmos o nosso precioso tempo a todas essas partes e tarefas fazemo-lo de forma automática rotineira desgastados e por vezes já sem grande propósito.

    A verdade é que o tempo é igual para todos, a diferença está naquilo que colocamos como prioritário e ao qual decidimos nos dedicar. Mas o que acontece muitas das vezes, é que em vez de assumirmos a responsabilidade do que desejamos fazer com o nosso tempo, deixarmos que os outros, as tarefas, o que acontece à nossa volta decida por nós, então acabamos neste desgaste e a sentirmo-nos impotentes, no fundo estamos a alienar da realidade. 

    E quais os sinais que nos podem alertar para que estamos a entrar neste perigoso domínio da alienação? Penso que seja quando só olhámos para o que não funciona, quando deixamos que ressentimentos expectativas não comunicadas se coloquem entre nós e os outros sejam filhos, marido/esposa, amigos. Quando parece que não nos sabemos conectar com os outros e o diálogo perde-se, parece que já não há pontos em comum. Mais difícil ainda quando parece que estamos desconectados de nós mesmos colocamos em dúvida quais os nossos valores, já nem nos lembramos dos nossos Sonhos. Deambulamos em modo automático sem sequer questionar se é isto que queremos para nós. Esta alienação também está presente quando deixamos de notar as pequenas coisas, de apreciar os momentos, de valorizar as experiências de estar realmente presentes e conectados. 

    Por mais que racionalmente não faça sentido, é mais fácil fazer de conta e olhar para o lado do que ser parte da vida, e quantos de nós não temos momentos em que fazemos isso? Em que, em vez de tomar uma atitude, deixamo-nos estar ora na reclamação, ora na passividade perante o que a vida nos traz e assim vamos nos descuidando quer de nós próprios “Agora não tenho tempo para ir ao médico, ao ginásio”, dos nossos filhos “Amanhã falo com ele, hoje estou exausta sem paciência”, dos nossos amigos “Combinamos para o próximo mês, este é impossível”, e assim vamos alienando nos vários níveis até um limite de insatisfação total.  

    Sabemos que há um sem número de motivos e razões válidas para chegarmos a esse ponto mas também sei que todos temos outros tantos também extremamente válidos para decidir viver a vida com presença tomando a responsabilidade do que queremos fazer com o nosso tempo, afinal essa é uma decisão que cabe apenas a cada um de nós todos os dias. 

    Refletir sobre a alienação em todas estas dimensões é um convite ao compromisso. Compromisso de estar presente, de cuidar das relações, de nutrir o diálogo e de nos reconectarmos com a nossa essência. Reconhecer onde nos estamos a desconectar é o primeiro passo para reconstruir pontes, sejam elas com nossos filhos, nossos parceiros, connosco mesmos ou com a vida. 

    É importante estarmos atentos e lembrar do valor inestimável das relações saudáveis e do autocuidado. Que possamos usar essa reflexão como um acordar para a ação, para sermos mais conscientes e comprometidos com o que realmente importa. Porque, no final de contas, a verdadeira conexão é o que nos torna humanos.